Os alunos na fase pré-vestibular experimentam diversos momentos de ansiedade nesse importante passo na transição da adolescência para a vida adulta. E se engana quem pensa que o papel da escola é apenas ajudá-lo nos estudos: ela também pode ajudar no desenvolvimento das habilidades socioemocionais necessárias para esse período. 

As habilidades socioemocionais são um conjunto de capacidades ligadas ao lado emocional e social de uma pessoa. A partir disso, o aluno pode enfrentar essa fase com maior tranquilidade e, até mesmo, ter um bom desempenho no Enem ou outro vestibular. Continue a leitura para entender melhor.

Como as habilidades socioemocionais podem ajudar nos estudos para o vestibular? 

Se você está com dúvidas sobre como as habilidades socioemocionais podem ajudar o pré-vestibulando, listamos alguns exemplos a seguir. 

Desenvolve a resiliência

O planejamento e a organização dos estudos são essenciais para um bom desempenho no vestibular. 

Contudo, um cronograma bem planejado pode não ser o suficiente para o estudante, que está passando por um processo de cobrança interna por bons resultados e pressão de familiares e amigos.

Então, o que fazer quando um plano não acontece conforme o planejado? É nessa hora que a resiliência, habilidade socioemocional, precisa ser colocada em prática 

Entendida como a capacidade de superar as adversidades, ela possibilita que o estudante supere as dificuldades que possam surgir durante a preparação para o vestibular e não desista no meio do processo. 

Além do mais, a resiliência também é uma habilidade emocional que pode fazer o estudante aprender com os erros e não desistir de conquistar os objetivos – principalmente caso não seja aprovado na faculdade ou curso de graduação que deseja. 

Estimula o senso de autonomia 

Outra habilidade socioemocional para essa fase da vida é a autonomia. Durante o vestibular, o aluno terá que fazer várias escolhas: qual graduação cursar, quando começar a estudar para os exames…

Mas, como já comentamos acima, é possível que o estudante sofra pressão de familiares que impõem seus desejos e opiniões.

Mas quando a escola estimula a habilidade socioemocional da autonomia na sala de aula, o aluno estará preparado para tomar as próprias decisões acerca do futuro após o Ensino Médio. Isso impede, por exemplo, que o estudante faça escolhas que não vão deixá-lo feliz e realizado. 

Além disso, junto com a autonomia, o estudante cria uma consciência maior sobre a responsabilidade que ele tem com suas ações, seja nos estudos, seja nas relações interpessoais. Consequentemente, isso será benéfico para o mercado de trabalho. 

Favorece a autogestão durantes os estudos

Como foi dito anteriormente, a organização é fundamental na preparação para o vestibular. Mas elaborar um cronograma de estudos não será o suficiente se o aluno não criar compromisso e a disciplina para seguir o que ele mesmo planejar. Nesse caso, a autogestão, que também é uma habilidade emocional, pode ajudar o aluno. 

Por meio da autogestão, o aluno terá uma visão melhor sobre os objetivos e metas relacionadas ao vestibular e o que ele terá de fazer para alcançá-los, conforme as prioridades estabelecidas. Dessa forma, o aluno cria determinação, foco e persistência.

A autogestão é uma habilidade emocional tão fundamental para o aluno que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabeleceu que ela deve ser estimulada na sala de aula em todos os ciclos da Educação Básica. 

Leia também: Entenda o que são habilidades socioemocionais

3 formas de a escola trabalhar habilidades socioemocionais na preparação para o vestibular 

Algumas escolas cobram boas notas dos alunos apenas para demonstrar o desempenho da escola nas campanhas de publicidade, mas esquecem do lado emocional do estudante. 

Para não cair nesse erro, veja a seguir como trabalhar essas competências com os alunos da fase do vestibular

1. Promova aulas de organização e planejamento

Para estimular a habilidade emocional da autogestão, a escola pode promover aulas de planejamento, com várias dicas úteis para o aluno se organizar para o vestibular. Assim, a instituição de ensino pode, por exemplo, apresentar técnicas que ajudam a melhorar o desempenho acadêmico e ter foco nos estudos. 

Ademais, caso a escola tenha estrutura para tal, pode elaborar uma trilha de estudos personalizada para cada aluno segundo suas habilidades e pontos fortes. Além disso, a escola pode contribuir para o lado emocional do aluno com: 

  • técnicas de relaxamento e concentração;
  • cronograma de aulas com os assuntos que mais caem no vestibular;
  • como usar ferramentas de produtividade, a exemplo do pomodoro;
  • aulas de revisão;
  • material para complementar os estudos;
  • metodologias ativas de aprendizagem durante as aulas para o vestibular.

2. Realizar rodas de conversa

A fase do vestibular é repleta de dúvidas não apenas sobre a prova, mas sobre os próximos passos caso a aprovação aconteça ou não. Para ajudar os jovens a enfrentarem essa etapa com mais leveza, a escola pode oferecer rodas de conversas para debater esses e outros temas.

As rodas de conversas podem ter apoio dos professores, coordenadores pedagógicos e outros profissionais, como psicólogos. Durante a ação, os alunos podem tirar dúvidas e receber suporte para lidar com diversas questões emocionais ligadas à preparação para o vestibular.

Com isso, é possível se sentir acolhido pela escola e próximo dos professores. Inclusive, esses momentos podem servir para que um aluno com eventual sintomas de ansiedade ou depressão possa pedir ajuda. 

Leia também: Como motivar os alunos para a aprendizagem? Confira 5 dicas práticas

3. Ofereça momentos de relaxamento aos alunos

É importante que os momentos de relaxamento sejam oferecidos não apenas às vésperas do vestibular, mas ao longo de todo o ano letivo. Para isso, a escola pode promover gincanas, passeios em grupo, ou até mesmo trabalho voluntário.

Além de ajudar o estudante a relaxar, essas ações desenvolvem habilidades socioemocionais como empatia e colaboração, fundamentais para manutenção saudável das relações interpessoais. 

E nesse sentido, a família e a comunidade externa também podem participar. 

Conheça o My Life, programa de educação socioemocional da Conexia 

A educação socioemocional auxilia os alunos na fase do vestibular, mas também pode ser usada em todas as séries da Educação Básica. Contudo, nem toda escola sabe como implementar a inteligência emocional no currículo pedagógico.

Mas a escola que deseja inovar, pode contar com o apoio do My Life, programa de educação socioemocional da Conexia Educação.

Com parceria pedagógica do Instituto Ayrton Senna, o My Life visa promover a construção de um projeto de vida saudável para adolescentes do Ensino Fundamental – Anos Finais e Ensino Médio, por meio do desenvolvimento de competências socioemocionais.

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