A educação inclusiva visa garantir a igualdade no ensino-aprendizagem para todas as pessoas, independente das características físicas, culturais, religiosas e intelectuais. Tratando-se de alunos com deficiência, essa abordagem se difere da educação especial.

Na educação especial, o ensino é voltado especificamente para as pessoas com deficiência, que ficam separados dos outros alunos. Isso limita a diversidade, afinal, não há convívio entre os alunos com necessidades educacionais especiais e os demais. Contudo, esse cenário não acontece na educação inclusiva.

A educação inclusiva beneficia todos os alunos, independentemente das características que os compõem. Porém, a falta de acessibilidade na escola, preconceito e falta de professores capacitados estão entre os principais desafios para a efetiva execução dessa abordagem pedagógica. 

Para te ajudar a entender melhor como funciona a educação inclusiva, o My Life preparou este post com informações importantes sobre o tema. Confira! 

O que é educação inclusiva?

De acordo com o Artigo 5° da Constituição Brasileira, a educação de qualidade é um direito de todos. No entanto, pessoas com deficiência, remanescentes de quilombos, indígenas e outros enfrentam dificuldades para ter acesso à escola. Desde as barreiras atitudinais até barreiras físicas, esses indivíduos passam por negligências que dificultam o desenvolvimento social, acadêmico e cognitivo na escola.

Nesse sentido, uma das ações para incluir de fato todas as pessoas na sala de aula é a educação inclusiva. Por meio da valorização das diferenças e igualdade de oportunidades, os alunos com deficiência frequentam o mesmo espaço que os alunos sem deficiência, por exemplo.

Ou seja, em vez de separá-los, o objetivo é que um aprenda com as diferenças do outro. A educação inclusiva não visa apenas incluir pessoas com deficiência, mas também, alunos com características distintas, sejam elas:

  • físicas;
  • culturais;
  • étnicas;
  • intelectuais;
  • raciais;
  • religiosas;
  • entre outras. 

Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), os sistemas inclusivos valorizam as contribuições únicas que os alunos de todas as origens trazem para a sala de aula e permitem que diversos grupos cresçam lado a lado, para o benefício de todos.

Princípios da educação inclusiva 

Segundo o Instituto Rodrigo Mendes, organização sem fins lucrativos que atua para a promoção da educação inclusiva no Brasil, há cinco pilares essenciais para a inclusão:

  • Toda pessoa tem o direito de acesso à educação;
  • Toda pessoa aprende;
  • O processo de aprendizagem de cada pessoa é singular;
  • O convívio no ambiente escolar comum beneficia todos;
  • O ensino inclusivo diz respeito a todos.

Educação inclusiva no Brasil

Há diversos decretos, portarias e outros dispositivos legais que tratam sobre a educação inclusiva no Brasil. O mais conhecido deles é a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEPEI), que apresenta diretrizes para a inclusão de alunos com deficiência no ensino regular.

Em 2014, entrou em vigor o Plano Nacional de Educação (PNE) que, entre as metas, estabelece a disponibilização da educação básica especializada e adequada para crianças e jovens portadores de deficiência e transtornos globais do desenvolvimento.

O mais recente debate sobre o tema no Brasil refere-se à criação de classes especializadas em escolas regulares para pessoas com deficiência. Contudo, especialistas da área alertam que a medida pode segregar alunos, pois impediria a convivência dessas crianças com pessoas sem deficiência e outras características. 

Como fazer parte da educação inclusiva? 

Combate a estigmas e preconceitos

Uma das maneiras de fazer parte da educação inclusiva é por meio de ações de combate ao preconceito e estigmas. Pessoas com deficiência, assim como indivíduos com outras características vistas como diferentes, sofrem com preconceitos que os afastam da convivência social.

Nesse sentido, as chamadas barreiras atitudinais afetam o acesso às pessoas com deficiência na sociedade. Acreditar que uma pessoa PCD é “especial” e desconhecer as potencialidades desses indivíduos estão entre essas atitudes. Esse tipo de situação deve ser combatido na sala de aula.

Para isso, a escola precisa promover ações que ressaltem a importância do respeito a todas as pessoas. A diversidade deve fazer parte da rotina das escolas, tais como a exposição de etnias, culturas e religiões diferentes das quais os alunos conhecem. 

Aulas sobre justiça social e igualdade de oportunidades também podem fazer parte do plano de ação para educação inclusiva. É importante ainda que a gestão pedagógica esteja atenta a casos de bullying que possam acontecer com alunos com múltiplas características — de todo modo, é preciso ter um trabalho preventivo. 

Material didático acessível

Cada aluno aprende de maneira diferente, independentemente da condição física e/ou intelectual. Para isso, a escola precisa fornecer as ferramentas e recursos essenciais para que o estudante possa desenvolver suas potencialidades, incluindo materiais didáticos adaptados para pessoas com múltiplas características.

A educação especial prega também a importância de a escola oferecer materiais de apoio diversos, segundo a necessidade educacional de cada um: 

  • softwares;
  • recursos visuais e sonoros;
  • adaptações nos ambientes físicos;
  • entre outros. 

Essa adaptação precisa passar ainda pelo plano pedagógico, afinal, crianças com transtorno global e desenvolvimento, superdotação e altas habilidades precisam ter acesso a conteúdos adaptados para o nível de aprendizagem. 

Veja também: O que são inteligências múltiplas e como aprimorá-las na sala de aula

Educação socioemocional

Respeito, empatia e consciência social são algumas habilidades que podem ser desenvolvidas por meio da educação socioemocional. Essa abordagem pedagógica visa estimular o aprendizado de habilidades e competências atreladas ao lado emocional, comportamental e social do aluno.

Por meio da educação socioemocional, os alunos conseguem administrar os sentimentos e condutas, favorecendo a construção de uma relação saudável com os professores e demais pessoas ao seu redor. Consequentemente, a escola se torna um lugar acolhedor para pessoas diversas, na qual o debate e a reflexão dão lugar ao preconceito e exclusão. 

Nesse sentido, a escola que deseja essa abordagem pedagógica como parte da educação inclusiva, pode contar com o My Life, programa de educação socioemocional da Conexia Educação.

Por meio de conteúdos alinhados à BNCC, embasamento científico e apoio pedagógico do Instituto Ayrton Senna, o My Life desenvolve projetos para o desenvolvimento saudável das relações sociais e para o incentivo da inteligência emocional. A metodologia pode ser aplicada para alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio. 

Acesse o site, fale com um dos nossos consultores educacionais e saiba como o My Life pode fazer parte da sua escola. 

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