Desde assistir aulas até fazer exercícios práticos, existem diferentes maneiras de um aluno aprender. Nesse contexto, colocar a “mão na massa”, conceito que faz parte da cultura maker, surge como abordagem pedagógica inovadora, onde os estudantes deixam de ser passivos e atuam ativamente na aprendizagem. 

Na cultura maker, os alunos aprendem a resolver problemas, contribuindo com soluções para a própria aprendizagem e, também, para o bem estar de todos que fazem parte da escola e da sociedade. 

Mas, para isso, há alguns passos que a escola precisa seguir, desde mudar a maneira como o ensino é feito até oferecer um ambiente propício para que os alunos possam se desenvolver. Entenda como conduzir esse tipo de aprendizagem neste post! 

Qual é o principal conceito da cultura maker?

Também conhecida como “educação mão na massa”, a cultura maker é uma abordagem pedagógica que valoriza a aprendizagem prática, criativa e colaborativa. Nela, os alunos são incentivados a projetar, criar e fabricar projetos por meio de ferramentas, materiais e tecnologias diversas. 

Nesse sentido, a cultura maker está associada com a Ciência da Computação. Afinal, os projetos na escola podem ser desenvolvidos com tecnologias digitais e conteúdos interdisciplinares. O princípio da abordagem é fazer o aluno ir além dos conteúdos propostos na sala, por meio da investigação e do trabalho em equipe. 

A cultura maker também tem suas raízes na filosofia “Faça Você Mesmo”, na qual as pessoas aprendem ao fazer, experimentar e compartilhar conhecimento com outras pessoas. A filosofia por trás é que todos podem ser criadores, e não apenas consumidores.

Apesar dessa abordagem ser utilizada a partir do Ensino Fundamental Anos Finais, sua aplicação já na Educação Infantil pode ajudar a oferecer uma educação lúdica, que auxilia no desenvolvimento cognitivo e socioemocional. 

Qual a importância da cultura maker na educação?

Essa abordagem pedagógica garante uma série de benefícios para os alunos, nos quais se destacam: 

Fomento à criatividade e inovação

A cultura maker incentiva os alunos a serem criativos e experimentarem soluções para problemas reais. Essas habilidades serão ainda mais valiosas no mercado de trabalho, quando novos desafios e problemas complexos requerem abordagens inovadoras.

Desenvolvimento de habilidades digitais 

O século XXI é um período de intensa transformação na tecnologia, desde a consolidação da internet até o crescimento da inteligência artificial. Assim, a cultura maker capacita o aluno a conhecer tecnologias, bem como desenvolver habilidades em robótica, biotecnologia, entre outros.

Preparação para o mercado de trabalho

O mundo do trabalho está em constante mudança, pedindo cada vez mais habilidades socioemocionais (soft skills) dos profissionais. 

A cultura maker na educação ajuda os alunos a adquirirem competências como resolução de problemas, colaboração e pensamento crítico, entre outras competências valiosas para ambientes corporativos.

Protagonismo do aluno

A cultura maker coloca o aluno no centro do processo de aprendizagem, permitindo que ele assuma o controle de seu próprio conhecimento e se torne um sujeito ativo na sala de aula. Isso promove um senso de confiança, ajudando-o a se tornar um cidadão mais engajado e participativo, sobretudo na comunidade.

Sustentabilidade e consciência social

O século XXI provavelmente enfrenta questões urgentes relacionadas à sustentabilidade e às mudanças climáticas. Nesse sentido, ao aplicar a cultura maker na escola, o professor estimula o aluno a desenvolver soluções inteligentes e criar uma consciência social sobre os impactos de nossas ações no planeta – e, de quebra, ainda se encaixa na agenda ESG

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Cultura maker e design thinking

O design thinking, conhecido como “desenho do pensamento”, pode ser um ótimo aliado da educação maker. Trata-se de uma abordagem de organização de ideias, onde uma pessoa encontra soluções para problemas por meio da criatividade, do pensamento crítico e da inovação. 

Ela envolve um processo interativo e colaborativo, onde os participantes buscam entender as necessidades dos usuários, gerar ideias criativas e prototipar soluções para testá-las no mundo real. O design thinking também enfatiza a empatia e a colaboração, ou seja, habilidades presentes na cultura maker. 

Nesse cenário, os alunos podem criar projetos que atendam às necessidades reais ou aprimorem a experiência do usuário. Já o design thinking, por sua vez, fornece ferramentas e métodos para entender as necessidades dos usuários de maneira mais profunda, a fim de envolvê-los ativamente no processo criativo.

Cultura maker para a educação do século XXI

A seguir, entenda como levar a inovação no ensino-aprendizagem oferecido pela sua escola. 

  • Disponibilize espaços criativos de aprendizagem

Crie espaços de aprendizagem inspirados em laboratórios e oficinas criativas, onde os alunos podem experimentar com ferramentas e equipamentos diversos. Esses espaços devem ser flexíveis e adaptáveis, permitindo a criação de uma variedade de projetos.

  • Aplique a Aprendizagem Baseada em Projetos

Desenvolva currículos acadêmicos que se baseiam em projetos inspirados em problemas reais, principalmente relacionados às vivências dos alunos. Incentive-os a identificarem problemas reais e trabalharem em soluções práticas, utilizando conhecimentos e habilidades desenvolvidos na sala de aula.

  • Incentive a colaboração

A educação maker enfatiza a colaboração entre os alunos. Por isso, promova projetos em grupo, nos quais os alunos possam compartilhar ideias, trabalhar juntos e aprender entre si.

  • Estimule habilidades multidisciplinares

Integre conceitos de várias disciplinas, como Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (STEAM) para os alunos poderem abordar problemas de maneira holística e criativa.

  • Incentive a resolução de problemas

Encoraje os alunos a identificarem desafios e projetarem soluções práticas na sala de aula. A ênfase deve estar na exploração de diferentes abordagens para a resolução de problemas, que não necessariamente precisam estar relacionados aos conteúdos acadêmicos – por exemplo, pedir auxílio para solucionar conflitos no ambiente escolar. 

A cultura maker é apenas uma das diversas abordagens pedagógicas inovadoras apontadas para a educação do futuro, que considera todas as dimensões formativas do aluno. 

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