O bullying é um problema crescente em escolas de todo o País – e existem números que comprovam o aumento dessa violência física e/ou psicológica. De acordo com uma pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 29% dos 2,7 mil adolescentes entrevistados afirmaram ter sido vítimas de bullying em 2019.
Mas esse não é o único número preocupante dessa pesquisa, feita em 119 escolas públicas e privadas da capital paulista: 23% afirmaram ter sido vítimas de violência física ou psicológica.
Já do outro lado da pesquisa, 15% disseram ter cometido bullying e 19%, violência. Ou seja, são números alarmantes.
Apesar de ser relativamente comum, essa prática pode causar danos irreparáveis aos alunos e seus familiares. Mas, como identificar e combater o bullying em sala de aula? Esperamos lhe ajudar por meio desse conteúdo. Tenha uma boa leitura!
Como identificar o bullying na escola?
Em novembro de 2015, foi instituída a Lei nº 13.185 com um Programa de Combate à Intimidação Sistemática, em todo o território nacional.
Na legislação, o bullying é descrito como “todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-las ou agredi-las, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas”.
De acordo com a lei, isso significa que o bullying pode ocorrer por meio de ação:
I – verbal: insultar, xingar e apelidar pejorativamente;
II – moral: difamar, caluniar, disseminar rumores;
III – sexual: assediar, induzir e/ou abusar;
IV – social: ignorar, isolar e excluir;
V – psicológica: perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar, manipular, chantagear e infernizar;
VI – física: socar, chutar, bater;
VII – material: furtar, roubar, destruir pertences de outrem;
VIII – virtual: depreciar, enviar mensagens intrusivas da intimidade, enviar ou adulterar fotos e dados pessoais que resultem em sofrimento ou com o intuito de criar meios de constrangimento psicológico e social.
Apesar do bullying ser caracterizado de diversas maneiras, nem sempre a equipe escolar presenciará atos como os citados acima durante a rotina. Por isso, é importante se atentar aos sinais, como:
- ansiedade;
- disseminação de boatos;
- problemas de aprendizagem;
- machucados constantes e/ou sem explicações convincentes;
- desinteresse escolar;
- agressividade;
- baixa autoestima;
- perda e danos constantes de materiais escolares;
- isolamento ou poucas amizades;
- mudanças no apetite;
- insônia;
- queda de rendimento escolar;
- roupas sujas ou rasgadas;
- dores de cabeça ou de barriga constantes.
Vale ressaltar que grande parte desses pontos de atenção podem ocorrer em situações isoladas e não devem causar alarde logo de cara. O importante é sempre verificar o estado físico da criança e de seus objetos, como materiais e uniformes, a fim de notar padrões que podem se encaixar em atos de bullying.
Como combater e prevenir o bullying nas escolas?
O papel da escola não é só identificar o bullying, como também combatê-lo e preveni-lo. Por isso, é essencial implementar uma mudança cultural com desenvolvimento de medidas de conscientização.
Realizar eventos e debates sobre o tema
Uma das principais maneiras de conscientizar os alunos sobre o bullying é por meio de eventos e palestras sobre esse importante assunto.
Mas não é necessário realizar grandes investimentos para esses eventos: um filme que aborde o assunto já é suficiente para mostrar aos estudantes as consequências de suas ações. Após a exibição, incentive os alunos a conversarem sobre o que entenderam sobre o longa-metragem exibido e como evitar esse perigoso problema.
Dentre as sugestões de filmes que abordam a temática, vale citar:
Estimular os alunos a denunciarem ações negativas
Apesar dos eventos serem uma ótima forma de prevenção e conscientização, muitas escolas estão vivendo esse problema agora. Então, também é papel da escola estimular os estudantes a denunciarem casos de bullying.
Entretanto, para alcançar esse objetivo, é necessário se aproximar dos alunos e garantir um ambiente de segurança, demonstrando a disposição de toda a equipe escolar em ajudar.
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Trazer as famílias mais próximas da comunidade escolar
A união entre a família e a escola é essencial para aprimorar o combate ao bullying. Para garantir um melhor combate às ações negativas, é importante que os pais estejam sempre cientes do comportamento de seus filhos.
Ademais, é recomendado levar esse diálogo para dentro de casa, sempre mostrando a relevância dessa discussão e as consequências dessas ações.
Investir em um programa socioemocional
As habilidades socioemocionais instigam a forma como pensamos, sentimos e agimos em várias circunstâncias. Com esse aprendizado, a pessoa se comporta com empatia, ética, paciência e outras atitudes que ajudam a superar diversos transtornos sociais, inclusive o bullying nas escolas.
É por isso que o investimento em um programa socioemocional é ideal para o combate ao bullying. A Conexia Educação, por exemplo, oferece às escolas o Programa de Educação Socioemocional My Life, que disponibiliza aos estudantes a construção de um projeto de vida saudável por meio do desenvolvimento de competências socioemocionais.
Em parceria pedagógica com o Instituto Ayrton Senna, o objetivo do programa é promover a construção de um projeto de vida saudável para adolescentes do Ensino Fundamental – Anos Finais e Ensino Médio, por meio do desenvolvimento de competências socioemocionais e conteúdos ampliados para educação bilíngue, 100% alinhados à BNCC (Base Nacional Comum Curricular).
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