A escola é o ambiente no qual a criança e adolescente passa a maior parte do dia. Por isso, o professor pode ser o primeiro a notar sinais de dificuldades de aprendizagem que mereçam uma investigação aprofundada. 

Nesse caso, os transtornos de aprendizagem podem ser identificados pela escola, pois estão ligados ao lado psicopedagógico do aluno. 

Dificuldades em habilidades com escrita e leitura, bem como a falta de absorção de conteúdos, estão entre os sinais nos quais a gestão escolar e pedagógica precisa estar atenta. 

Para que o desenvolvimento do aluno não seja prejudicado, o primeiro passo é encaminhá-lo para uma avaliação correta. Neste post, serão apresentadas informações para auxiliar o professor nesse processo. 

O que é dificuldade de aprendizagem? 

Uma pessoa com dificuldade de aprendizagem apresenta desafios para aprender e absorver um novo conhecimento. Isso não significa que essa pessoa é menos capaz, mas sim que ela precisa de mais suporte para ter um ensino-aprendizagem eficaz, sobretudo no ambiente escolar. 

É comum que o aluno apresente dificuldade de aprendizagem em diferentes momentos da vida escolar. Contudo, há uma diferença entre o que pode ser de causa neurobiológica (nos casos dos transtornos) e de motivos que podem ser resolvidos por meio de intervenção escolar. 

Tratando das dificuldades de aprendizagem, esses estudantes possuem limitações neurológicas que podem impactar negativamente no âmbito profissional, social, afetivo e acadêmico.

Como a maioria dos transtornos de aprendizagem são desenvolvidos durante a fase de desenvolvimento neurocerebral, que acontece na infância e adolescência, é comum que os sinais de dificuldade no aprendizado sejam notados por professores e colegas de turma. 

Quais são os principais transtornos de aprendizagem?

Dislexia

A dislexia é a falta de habilidades relacionadas à leitura, compreensão precisa e soletração de palavras e textos. Do mesmo modo, as pessoas com essa dificuldade de aprendizagem também têm desafios relacionados à escrita. 

A dislexia é um dos transtornos de aprendizagem mais comuns no mundo. Nesse caso, como se relaciona com a escrita e a leitura, pode ser reconhecido facilmente ainda na fase da Educação Infantil, nos primeiros anos da alfabetização.

Alunos com dislexia também podem apresentar:

  • dificuldade para reconhecer palavras;
  • inversão de letras;
  • dificuldade em memorizar palavras e sons;
  • lentidão para ler e escrever;
  • dúvidas relacionadas à ortografia.

Cada pessoa manifesta a dislexia de maneiras distintas, pois, além desses sinais, há outros que também se enquadram nesse diagnóstico. O professor deve ficar atento ao notar que determinado aluno não alcançou o nível de fala e escrita esperado para a idade. 

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Discalculia

A matemática costuma ser uma das áreas mais temidas por grande parte dos alunos. Entretanto, para algumas pessoas, fazer cálculos simples é uma tarefa extremamente difícil e repleta de ansiedade. 

Trata-se da discalculia, dificuldade de aprendizagem relacionada aos números. 

Essa dificuldade de aprendizagem também costuma se apresentar nos primeiros anos escolares do aluno. Para isso, o professor pode ficar atento nos casos de alunos que não conseguem realizar tarefas envolvendo números, desde cálculos básicos até dificuldade em atividades de representação visual ou reconhecimento de padrões numéricos. 

Disgrafia 

A disgrafia é a dificuldade de aprendizagem relacionada à escrita, observável por meio de caligrafia ilegível, erros ortográficos e incompreensão das informações, entre outros sinais. Ela é dividida em disgrafia motora e perceptiva.

Na primeira condição, o indivíduo apresenta dificuldade para escrever palavras e números. Já na perceptiva, o aluno pode apresentar dificuldade de compreensão para escrever letras e números. 

Além da disgrafia, há outra dificuldade de aprendizagem relacionada à escrita. Conhecida como disortografia, elas causam desafios principalmente na gramática. Nesse caso, o aluno pode omitir letras nas palavras, confundir sons, não compreender as regras gramaticais, entre outros problemas. 

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Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) 

O TDAH é um distúrbio neurobiológico caracterizado pela falta de atenção, impulsividade e inquietação. Ele costuma aparecer na infância, mas acompanha o indivíduo por toda a vida. Porém, no ambiente escolar, deve-se ter cuidado para não confundir a agitação natural da infância com indícios de TDAH. 

De todo modo, o professor precisa estar atento caso o aluno apresentar: 

  • dificuldade para manter a atenção nas aulas;
  • falta de organização;
  • dificuldade para seguir instruções;
  • demonstra impulsividade com professores e colegas de turma;
  • dificuldade para aguardar a sua vez;
  • apresenta temperamento explosivo; 
  • vive distraído na sala de aula;
  • levantar da cadeira várias vezes durante a aula.

Como a escola pode lidar com alunos com dificuldade de aprendizagem?

Nem todo aluno com dificuldades de aprendizagem apresenta um transtorno. Em alguns casos, com mudanças na rotina escolar e/ou no currículo acadêmico, o aluno pode apresentar um bom rendimento escolar.

Para entender qual o real cenário do estudante, é necessário que a escola tenha suporte de agentes externos. Nesse caso, a primeira coisa a ser feita quando a escola identificar algum tipo de dificuldade de aprendizagem é entrar em contato com a família do aluno

Dessa maneira, será possível avaliar se esses desafios apresentados na escola estendem-se a outras áreas da vida estudante, como no convívio social. 

O aluno pode, por exemplo, apresentar problemas de visão que acarretam dificuldades de aprendizagem. Para facilitar, a escola pode listar todos os problemas apresentados pelo estudante e apresentá-los à família. 

A partir disso, cabe à família aprofundar a investigação por meio de profissionais especializados — psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos, entre outros. Dessa maneira, será possível realizar os ajustes necessários para garantir o desenvolvimento pleno do estudante na sala de aula.

Caso algum transtorno de aprendizagem seja relatado à escola, a equipe pedagógica precisa estruturar ações para inserir esse estudante no aprendizado. As mudanças podem incluir desde abordagens pedagógicas até mesmo a disposição das cadeiras na sala de aula.

Além disso, a escola pode promover campanhas de combate ao bullying. Afinal, o aluno com transtorno de aprendizagem pode ser alvo de piadas e ofensas pela condição ou pelo isolamento causado pelas várias dificuldades apresentadas na escola. 

De todo modo, a tecnologia tem se mostrado essencial para aprimorar o ensino-aprendizagem na sala de aula. Nesse caso, a Conexia Educação disponibiliza soluções educacionais inovadoras, voltadas para o desenvolvimento integral do aluno. 

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