A palestra “Destruição criativa: a reinvenção da escola”, conduzida pelo CEO da Conexia, Sandro Bonás, abordou como a mudança profunda que vem ocorrendo atualmente na sociedade impactou diretamente nos negócios da educação.
Segundo ele, o crescimento e o pensamento não são mais lineares, e sim exponenciais, rápidos e impactantes. E o principal desafio das escolas é ter a coragem e a ousadia para mudar velhos hábitos e trazer o novo. “É mais fácil uma instituição pequena fazer mudanças do que uma grande, pois a ruptura também é menor”, comenta.
Bonás destacou que saímos da era dos produtos para entrar na era das plataformas, em que a propriedade da experiência é o mais importante e o cliente deve estar no centro, citando alguns cases de sucesso de empresas que entregam experiências como o iFood e o Nubank.
Assim como as empresas, as escolas também precisam colocar no centro do ensino o aluno, promovendo a ele protagonismo e autonomia na vida pessoal e coletiva, por meio de plataformas individualizadas e personalizadas, pois cada indivíduo é único e deseja trilhar caminhos diferentes.
“Promover mudanças para o cliente gera uma mudança cultural em nós mesmos. É uma nova mentalidade de gestão para um novo tempo, em que a transformação digital, a cultura ágil e o lifelong learning estão em alta”, explica.
O CEO ainda ressaltou a mudança no papel do professor, que deixa de ser apenas um emissor para ser o responsável em analisar os alunos e abordar individualmente cada um deles em sala de aula.
A realidade escolar ainda não se configura desta forma, embora a vida se apresente interconectadas. Os cases nos confirmam que é possível fazer a transformação, que podemos e devemos investir em novas configurações, sem anular o singular, o que há de mais puro, a nossa essência. As plataformas podem representar uma atitude ética na medida em que elas não pasteurizam abrindo espaço para a singularidade e o que há de mais humano em nós.